Ambiente

África tem duas espécies de elefantes

Através da comparação das sequências de ADN dos dois tipos de elefantes existentes em África, o elefante-da-savana e o elefante-da-floresta, cientistas terão conseguido provar que os dois animais são, de facto, espécies distintas, avança a BBC.
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Através da comparação das sequências de ADN dos dois tipos de elefantes existentes em África, o elefante-da-savana e o elefante-da-floresta, cientistas terão conseguido provar que os dois animais são, de facto, espécies distintas, avança a BBC.

O debate sobre a existência de duas espécies distintas de elefantes no continente africano prolonga-se há mais de uma década. Os resultados alcançados na pesquisa feita por investigadores do Reino Unido, dos EUA e da Alemanha vem agora confirmar a suspeita, graças à comparação das sequências de ADN das duas espécies.

Os dois elefantes vivem em ambientes distintos há pelo menos três  milhões de anos, além disso o elefante-da-savana pesa entre seis a sete toneladas, ou seja, quase o dobro do seu “colega” da floresta.

Estes factos, assim como diferenças relacionadas com a própria aparência física dos dois animais, levou os investigadores a desconfiar de que seriam duas espécies distintas. E os autores da nova investigação, afirmam que conseguiram a prova da existência de duas espécies: o elefante-da-savana (Loxodonta africana) e o elefante-das-florestas (Loxodonta cyclotis). Os dados foram publicados na revista Public Library of Science Biology.

“A divergência entre as duas espécies ocorreu no período em que os elefantes asiáticos se separaram dos mamutes” refere Michi Hofreiter, um especialista em DNA antigo, da Universidade de York, citado pela BBC.

“A separação entre os elefantes que vivem na savana e na floresta é quase tão antiga como a separação entre os humanos e os chimpanzés. Este resultado foi uma surpresa para todos. “

Descoberta pode exigir novos mecanismos de proteção

A conservação do elefante em África apresenta um padrão irregular. Nos países do Sul as populações crescem a um ritmo tão acelerado que os governos tiveram que considerar abates.

No entanto, a situação é muito diferente na África Central e Ocidental, onde a caça, o contrabando de marfim e o comércio de carne de animais selvagens estão a dizimar as populações.

Atualmente, o elefante africano está “listado como vulnerável mas se forem duas espécies, é possível que apareça numa categoria mais grave.”

Possivelmente, a confirmação da separação de espécies poderá vir a concentrar os esforços de conservação onde são mais necessários, afirma Simon Stuart, presidente  da International Union for the Conservation of Nature’s Species Survival Commission (SSC), à BBC.

[Notícia sugerida pela utilizadora Raquel Bâeta]

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